sexta-feira, 30 de março de 2018

África Extrema - Extreme Africa - I

As Montanhas Do Dragão: Sobreviver No Alto

O documentário a seguir é uma produção norte americana de 2015 e tem ao todo seis episódios dirigidos por Rogan Kerry. Como é recente, acredito que esse documentário nunca passou na televisão brasileira. Só encontrei uma cópia, esta em espanhol, que foi exibida na TVE da Espanha. Quem quiser mais informações sobre os seis episódios, pode ver aqui . Espero que essas cópias não saiam do ar, caso saiam, irei procurar outras cópias, caso existam.

A cada passo em direção ao cume da cordilheira de drakensberg, diversas espécies de animais exóticos exibem os atributos que lhes permitem aguentar sua dura vida nas montanhas.

Em espanhol:

quarta-feira, 28 de março de 2018

Prêmio Pulitzer De Fotografia: Ano 1950

Mais uma fotografia vencedora do Prêmio Pulitzer. Dessa vez, o ganhador do prêmio de fotografia de 1950. Sempre que possível irei contar as histórias por trás de cada fotografia (contexto em que foi tirada, autor da foto, como foi tirada, a repercussão, etc), como nem sempre poderei ter todas as informações a minha disposição na hora em que postar, pode ser que eu reveja os textos, acrescentando ou corrigindo informações.


Um aviso importante para aqueles que estão acompanhando a série: O prêmio de fotografia de 1946 não teve ganhador. Não sei explicar o motivo.

Prêmio Pulitzer de 1950: Categoria Fotografia

Vencedor: Bill Crouch do periódico The Oakland Tribune (Califórnia)

Título: “Near Collision At Air Show” (“Uma Quase Colisão Em Um Espetáculo Aéreo”)

Câmera: Speed Graphic

Lente: Desconhecido

Velocidade E Abertura Do Obturador: Desconhecido

Filme: Kodak



Na frente de 60.000 espectadores, que compareceram a um show aéreo, Chet Derby estava realizando acrobacias em seu biplano, quando finalizou sua apresentação fazendo um "loop" de cabeça para baixo. A trilha de fumaça supostamente atravessou o caminho de um dos três bombardeiros B-29 que cruzavam o céu. Abaixo estava Bill Crouch, que também era piloto e participava do show. Crouch trabalhava para o The Oakland Tribune na época e tirava fotos das acrobacias de Derby, buscando tirar uma foto artística. Ele tentava fazer uma composição interessante com o avião de Derby e a trilha de fumaça quando notou o surgimento repentino dos B-29 e bateu a foto. Segundo seu depoimento, o avião de Derby teria passado a cerca de 5 pés, 2 metros, de distância da asa do bombardeiro. A foto seria depois publicada na Revista Life e em jornais de todo o mundo.

Comentário sobre a fotografia
Não há muito o que dizer, além de expressar minha dúvida sobre as distância envolvidas na foto. O bombardeiro B-29 era um avião enorme e, a menos que o biplano de Derby também fosse grande, me parece que a foto seja na verdade uma ilusão de óptica. Olhando contra o céu, sem algum objeto, ou ponto de referência, as distâncias podem parecer menores do que realmente são. Então minha impressão é de os aviões estavam muito mais distantes do que os tais dois metros de distância que Crouch alegou.

Sobre o fotógrafo
Sem informações.

segunda-feira, 26 de março de 2018

O Troco - Payback

O Troco - Payback

O filme de hoje é, ou pelo menos era um tempo atrás, um clássico do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) pois era constantemente reprisado, acho que passava uma vez por mês. O Troco é uma refilmagem de um filme dos anos 1960 chamado À Queima Roupa, com Lee Marvin. Existem várias diferenças entre as duas versões, ainda que seja possível perceber que essencialmente a história é a mesma. No filme, o personagem Porter (Mel Gibson) é um leão de chácara que é convidado por Val Resnick (Gregg Henry) para roubar o dinheiro de uns mafiosos chineses. Depois do roubo Porter quase é assassinado, mas consegue se recuperar e vai atrás de Resnick para reaver a parte dele no roubo, mas descobre que este deu último havia dado todo o dinheiro para uma organização criminosa, o resultado é que Porter acaba entrando em conflito com a organização, com os chineses, que descobrem que ele participou do roubo, com alguns policiais corruptos e mais alguns bandidos pé de chinelo. Não darei mais detalhes da história para não entregar muito o enredo e o final da história.

Encontrei três versões do filme da internet. A versão dublada em português é integral mas, por volta da uma hora e onze minutos de exibição, existe uma falha no áudio, que se prolonga por quase dois minutos, mas isso não deve impedir que apreciem o filme.

Dublado em português:

Em inglês:

Em francês:

domingo, 25 de março de 2018

Civilização - Civilisation - VIII

A Luz Da Experiência - The Light Of Experience

A primeira vez que assisti a essa série de documentários, roteirizados e apresentados por Kenneth Clark, foi no final dos anos 80, não me lembro mais se foi em 1987 ou 1988 quando vi um dos capítulos ser exibido na TV Cultura, canal 2, de São Paulo. Lembro que fiquei fascinado. Falava de arte, de religião, costumes, política e principalmente história. Tudo junto em um dos melhores documentários já realizados.

Neste episódio Kenneth Clark começa falando sobre a luz sobre a sua importância para a pintura, para a arte, para a ciência, um verdadeiro simbolo de civilização. A luz esteve no centro tanto de uma revolução artística na pintura (a forma de retratar os temas, mas também os próprios temas que eram retratados), quanto de uma revolução científica que teve no microscópio e no telescópio seus símbolos, e não podemos esquecer que ambos os instrumentos tem como propriedade concentrar ou dispersar os raios de luz. Na Holanda (ou Países Baixos) e depois no Reino Unido uma nova forma de ver, de interpretar o mundo, colocou de lado a autoridade divina e pôs em seu lugar a observação, a experiência e a experimentação. A Holanda (Países Baixos) foi o primeiro país a se beneficiar dessa mudança, que decorreu de transformações sociais e econômicas decorrentes sobretudo do comércio.

Ainda que as guerras religiosas entre católicos e protestantes tenham ensinado que era muito mais proveitoso, em todos os temas, tolerar opiniões diferentes das suas do que simplesmente eliminá-las, católicos e protestantes continuaram a se matar (inclusive dentro de seus grupos religiosos) até meados do século XVII, e mesmo os judeus também perseguiam uns aos outros por questões religiosas. Vale a pena comparar esse episódio com o sexto episódio da série Cosmos, vocês verão como Kenneth Clark, tendo como foco a arte, explica muito melhor a ciência e os costumes do que Carl Sagan, o link está AQUI

Com legendas em português: Não encontrei a versão dublada e infelizmente essa cópia está com as imagens meio borradas.

Em inglês:

Cosmos - VIII

Viagens No Espaço E No Tempo - Journeys In Space And Time

Lembro que na década de 1980, a série Cosmos passava quase todo domingo de manhã, na Rede Globo de televisão. Se não me engano além de reprisar a série várias vezes no domingo, houve um período em que a mesma era reprisada de manhã durante os dias de semana. A dublagem original tinha a voz de Reynaldo Gonzaga como narrador e de Sílvio Navas como dublador de Carl Sagan. Posteriormente a série foi exibida no canal TV Escola e tinha como dublador Sérgio Stern.

Se procurarem pela internet, verão uma infinidade de textos elogiando exageradamente, rasgando seda mesmo, para essa série. Particularmente não gostei muito dessa série, já assisti a outros documentários que são mais diretos, e que explicam melhor as questões científicas. Mas isso não quer dizer que eu ache a série ruim. Quero lembrar, aos fãs incondicionais da série Cosmos, que existem muitos "graus" de avaliação que separam o "soberbo" e o "lixo" e definitivamente a série não é uma coisa nem outra.

Acredito que essa série tem muito mais de autopromoção, do que de divulgação científica. Até porquê uma coisa que me incomoda é a forma como a ciência como é tratada, como se fosse uma "nova religião", a reprodução daquela música chata da abertura durante a exibição de alguns episódios até ajuda a dar um clima de crença religiosa.

Neste episódio Carl Sagan volta a gastar muito tempo para falar muito e dizer pouco. Já estou começando a me arrepender de ter publicado essa série de documentários.

Se algum dos vídeos publicados sofrerem algum bloqueio ou forem retirados do ar, irei procurar por substitutos assim que puder.

Em português:

Em inglês:

Em espanhol:

sexta-feira, 23 de março de 2018

O Poderoso Mississípi - Ol´ Man River: The Mighty Mississippi - II

Os Dois Rios

O documentário a seguir é uma produção austríaca de 2007. São dois episódios dirigidos por Michael Schlamberger e Steve Nicholls. Acredito que esse documentário nunca passou na televisão brasileira, então é um grande achado, e tenho certeza que quem quer conhecer um pouco da história e geografia do mundo vai gostar dessa pequena série. Quem quiser mais informações sobre os dois episódios, pode ver aqui . Espero que essas cópias não saiam do ar, caso saiam, irei procurar outras cópias, caso existam.

Descoberto pelo espanhol Hernando DeSoto, o rio Mississípi é o mais importante rio dos Estados Unidos. O episódio trata das explorações da expedição Lewis e Clark, com o objetivo de descobrir a nascente e mapear o rio Missouri, o maior afluente do rio Mississípi, e da expedição de Pike que tinha a missão de de mapear e descobrir a nascente do próprio Mississípi. Ambas as expedições foram encomendadas no início do século XIX, logo após o governo norte americano ter comprado a Lousiana. O episódio é bem mais interessante que o anterior pois além de contar a história de ambas as expedições também fala das espécies selvagens encontradas pelos caminho, e que deixaram os exploradores surpresos, principalmente as imensas manadas de búfalos.

Em espanhol:

Em inglês:

segunda-feira, 19 de março de 2018

O Amante Da Morte - The War Lover

O Amante Da Morte - The War Lover

A internet é uma ferramenta incrível! Até onde consigo me lembrar, nunca tinha visto antes o filme O Amante Da Morte. Se o mesmo não tivesse aparecido como sugestão na barra lateral do meu perfil no YouTube, nunca teria tomado conhecimento da existência desse filme. O filme é muito bom, apesar de algumas críticas que tentam compará-lo com o filme Almas Em Chamas (Twelve O´Clock High). Ambos os filmes se passam com tripulações de bombardeiros norte americanos situados no Reino Unido, mas, enquanto em Almas Em Chamas os personagens passam o tempo todo na base e a trama gira em torno dos dramas dos personagens com relação ao risco da morte e os conflitos em torno da hierarquia e da disciplina militar, o enredo de O Amante da Morte gira em torno da disputa de dois pilotos seja pela atenção de uma mulher, essa parte é bem clara, seja para ver quem é o líder, essa parte não é tão clara.

O enredo do filme é baseado em um livro, de 1959, de autoria do escritor e jornalista John Hersey. Não sei como é a história do livro, nem se o filme é fiel ao mesmo. A história do filme gira em torno do capitão Buzz Rickson (Steve McQueen) e do Primeiro Tenente Ed Bolland (Robert Wagner). Rickson parece ser alguém que, além de ter tido uma juventude difícil e ter sido um "ninguém" antes de se alistar e virar piloto da Força Aérea Americana, gosta do que faz, ou seja, bombardear os alvos, se expor ao perigo, sem demonstrar algum tipo de remorso ou sentimentalismo. Bolland é um sujeito de boas intenções, que está apenas pensando em cumprir suas 25 missões e voltar para casa. Ambos acabam conhecendo em um baile Daphne Caldwell (Shirley Anne Field) uma bonita, e nem um pouco pura, moça. Entre os dois, que até então eram parceiros, surge uma rivalidade seja por conta da moça, seja por conta do modo autoritário, insubordinado e insensível de Rickson. Não quero contar o final do filme, mas vocês verão que o personagem de Rickson, que até então era bem "construído" e estável, sofre uma transformação e sente a pressão que gira em torno da última missão e a morte de um dos personagens.

Legendado em português:

Em inglês:

Legendado em espanhol:

Dublado em francês: (detalhe, o filme original tem 105 minutos, essa cópia é mais longa pois o início do filme é reapresentado)

domingo, 18 de março de 2018

Civilização - Civilisation - VII

Grandiosidade E Obediência - Grandeur And Obedience

A primeira vez que assisti a essa série de documentários, roteirizados e apresentados por Kenneth Clark, foi no final dos anos 80, não me lembro mais se foi em 1987 ou 1988 quando vi um dos capítulos ser exibido na TV Cultura, canal 2, de São Paulo. Lembro que fiquei fascinado. Falava de arte, de religião, costumes, política e principalmente história. Tudo junto em um dos melhores documentários já realizados.

Neste episódio Kenneth Clark fala da vitória da Contra Reforma. Ele não se refere à vitória militar, nem a política. Ainda que tenham existido ambas, com a recuperação de diversos territórios e populações que haviam sido ocupados pelos protestantes. Mas essa vitória demorou algum tempo para ocorrer. Depois do saque de Roma, de 1527, que pareceu atingir de forma profunda não só a autoridade temporal, mas também a espiritual do Papa, parecia que o catolicismo estaria reduzido a encolher e perder sua importância frente ao protestantismo e os poderes seculares. Mas A Igreja Católica reagiu, e conseguiu recuperar sua primazia temporal e recuperar sua importância religiosa. Isso foi obtido sobretudo através do Concílio de Trento, o concílio ecumênico mais longo e que também emitiu o maior número de decretos dogmáticos e reformas, obtendo os mais benéficos, duradouros e profundos resultados sobre a fé e a disciplina da Igreja.

Para opôr-se ao protestantismo, o concílio emitiu numerosos decretos disciplinares e especificou claramente as doutrinas católico‐romanas quanto à salvação, os sete sacramentos, a doutrina da graça e do pecado original, a justificação, a liturgia e o valor e importância da missa, o celibato clerical, a hierarquia católica, o culto dos santos, das relíquias e das imagens, as indulgências e a natureza da Igreja. Regulou as obrigações dos bispos, criou seminários nas dioceses como centros de formação sacerdotal e confirmou-se a superioridade do Papa sobre qualquer concílio ecumênico. Mas o programa não trata apenas de religião, também trata de arte, e das obras que finalizaram a decoração da Basílica de São Pedro, aconselho que assistam ao programa.

Com legendas em português: Não encontrei a versão dublada e infelizmente essa cópia está com as imagens meio borradas.

Em inglês:

Cosmos - VII

A Espinha Dorsal Da Noite - The Backbone Of Night

Lembro que na década de 1980, a série Cosmos passava quase todo domingo de manhã, na Rede Globo de televisão. Se não me engano além de reprisar a série várias vezes no domingo, houve um período em que a mesma era reprisada de manhã durante os dias de semana. A dublagem original tinha a voz de Reynaldo Gonzaga como narrador e de Sílvio Navas como dublador de Carl Sagan. Posteriormente a série foi exibida no canal TV Escola e tinha como dublador Sérgio Stern.

Se procurarem pela internet, verão uma infinidade de textos elogiando exageradamente, rasgando seda mesmo, para essa série. Particularmente não gostei muito dessa série, já assisti a outros documentários que são mais diretos, e que explicam melhor as questões científicas. Mas isso não quer dizer que eu ache a série ruim. Quero lembrar, aos fãs incondicionais da série Cosmos, que existem muitos "graus" de avaliação que separam o "soberbo" e o "lixo" e definitivamente a série não é uma coisa nem outra.

Acredito que essa série tem muito mais de autopromoção, do que de divulgação científica. Até porquê uma coisa que me incomoda é a forma como a ciência como é tratada, como se fosse uma "nova religião", a reprodução daquela música chata da abertura durante a exibição de alguns episódios até ajuda a dar um clima de crença religiosa.

Nesse episódio... bom, nesse episódio Carl Sagan fala muito e pouco diz! A verdade é essa. Talvez esse seja o segundo pior dos episódios. Depois de gastar quase 25 minutos de programa com conversa mole, ele fala um pouco sobre os filósofos e cientistas da Grécia Antiga. Teria sido melhor se ele deixasse a conversa mole de lado e tivesse contado a história da filosofia e da ciência grega de forma direta e com exemplos, não essa mera citação de algumas pessoas e eventos. Lamento, mas se você não concorda comigo e gostou do episódio, parabéns é um direito seu discordar de mim!

Se algum dos vídeos publicados sofrerem algum bloqueio ou forem retirados do ar, irei procurar por substitutos assim que puder.

Em português:

Em inglês:

Em espanhol:

sexta-feira, 16 de março de 2018

O Poderoso Mississípi - Ol´ Man River: The Mighty Mississippi - I

A Grande Barreira

O documentário a seguir é uma produção austríaca de 2007. São dois episódios dirigidos por Michael Schlamberger e Steve Nicholls. Acredito que esse documentário nunca passou na televisão brasileira, então é um grande achado, e tenho certeza que quem quer conhecer um pouco da história e geografia do mundo vai gostar dessa pequena série. Quem quiser mais informações sobre os dois episódios, pode ver aqui . Espero que essas cópias não saiam do ar, caso saiam, irei procurar outras cópias, caso existam.

Descoberto pelo espanhol Hernando DeSoto, o rio Mississípi é o mais importante rio dos Estados Unidos. O episódio trata essencialmente da vida selvagem do rio, ele começa no delta do rio, próximo da cidade de Nova Orleans e viaja a montante, para encontrar as cabeceiras perdidas em grandes pântanos do norte, ao longo do caminho encontramos uma riqueza de animais selvagens, de peixes-boi à caranguejos em ferradura. Este é também um mundo de peixes gigantes primitivos e garças coloridas, de castores construtores de represas e cascavéis mortais. O episódio também viaja no tempo, e mostra como os primeiros colonizadores (franceses, espanhóis, ingleses) se relacionaram com os nativos americanos. Aos longo do episódios são lidas citações do escritor Mark Twain, que viveu boa parte da vida nas margens do rio.

Em espanhol:

Em inglês:

segunda-feira, 12 de março de 2018

Por Um Punhado De Dólares - A Fistful Of Dollars

Por Um Punhado De Dólares - A Fistful Of Dollars

O filme a seguir era bastante reprisado na televisão, sobretudo na sessão Bang Bang À Italiana, que passava aos domingos à noite na TV Record. Apesar de muito exibido, acho que nunca tinha visto o filme inteiro até selecioná-lo para publicar no blog. Uma das explicações é que o filme não é assim tão bom quanto os outros dois que compõem a chamada "trilogia dos dólares". Essa trilogia consiste nos filmes Por Um Punhado De Dólares, Por Uns Dólares A Mais e Três Homens Em Conflito.  Todos filmados pelo italiano Sergio Leone e tendo Clint Eastwood no papel do "pistoleiro sem nome".

A história do filme é relativamente simples: Um pistoleiro, interpretado por Clint Eastwood, chega ao vilarejo de San Miguel, lá descobre que duas quadrilhas controlam o local, aterrorizando os poucos moradores que sobraram. Então ele poem em prática um plano para colocar as duas quadrilhas uma contra a outra. O filme foi alvo de uma disputa por direitos autorais. Leone afirmava que havia baseado o enredo em diversas histórias de far-west, mas o cineasta Akira Kurosawa afirmava que o filme era uma adaptação sem autorização de seu filme Yojimbo. Após uma breve disputa legal, Leone pagou uma indenização para Kurosawa. Isso não tira do filme suas qualidades, especialmente por ter sido o primeiro Western Espaghetti a fazer sucesso nos Estados Unidos.

O filme tem algumas curiosidades. A mais importante é que o personagem do pistoleiro sem nome é chamado de Joe no final do filme, mas isso não quer dizer que seja esse o nome do personagem. Joe pode ser traduzido como Zé, mas também como cara, sujeito, fulano. A segunda curiosidade que merece ser citada é que, quando o filme foi exibido na televisão americana, teria sido acrescido um trecho de quatro minutos, onde um agente da lei teria oferecido o perdão ao pistoleiro sem nome, caso ele acabasse com as duas quadrilhas. Essa teria sido uma forma de "justificar" a violência contida no filme.

Em português: (Em alguns momentos a dublagem some e fica o áudio original) 

Em inglês: (parece que o filme foi dublado em inglês "macarrônico")

domingo, 11 de março de 2018

Civilização - Civilisation - VI

Protesto E Comunicação - Protest And Communication

A primeira vez que assisti a essa série de documentários, roteirizados e apresentados por Kenneth Clark, foi no final dos anos 80, não me lembro mais se foi em 1987 ou 1988 quando vi um dos capítulos ser exibido na TV Cultura, canal 2, de São Paulo. Lembro que fiquei fascinado. Falava de arte, de religião, costumes, política e principalmente história. Tudo junto em um dos melhores documentários já realizados.

Neste episódio Kenneth Clark fala da reforma protestante. Esse é talvez o mais fraco de todos os episódios da série. Não quer dizer seja ruim, a série é ótima, mas ao contrário de outros episódios, onde grandes obras de arte da música, da pintura, escultura e arquitetura foram exibidas, neste episódio a narração se concentrou em alguns poucos artistas, como o pintor e gravurista Albrecht Dürer, de filósofos e/ou pensadores como Erasmo de Roterdã, Montaigne e do dramaturgo Shakespeare.

A explicação está no próprio tema do episódio. Os "homens do norte" que deram origem a reforma protestante eram em sua maior parte avessos à cultura. Limitados pelo seu fanatismo religioso, eles tinham raiva de tudo que não fosse a palavra, mais especificamente e leitura da Bíblia. O próprio Clark lembra que a Reforma não produziu uma arte própria. O fanatismo/radicalismo tem seus efeitos nefastos em todas as áreas do conhecimento e da ciência, e, ainda que os autores protestantes não queiram reconhecer, foi a partir do sul da Europa, exatamente das partes católicas, que a arte e o conhecimento continuaram sendo produzidos.

Com legendas em português: Não encontrei a versão dublada e infelizmente essa cópia está com as imagens meio borradas.

Em inglês:

Cosmos - VI

Histórias De Viajantes - Travellers´ Tales

Lembro que na década de 1980, a série Cosmos passava quase todo domingo de manhã, na Rede Globo de televisão. Se não me engano além de reprisar a série várias vezes no domingo, houve um período em que a mesma era reprisada de manhã durante os dias de semana. A dublagem original tinha a voz de Reynaldo Gonzaga como narrador e de Sílvio Navas como dublador de Carl Sagan. Posteriormente a série foi exibida no canal TV Escola e tinha como dublador Sérgio Stern.

Se procurarem pela internet, verão uma infinidade de textos elogiando exageradamente, rasgando seda mesmo, para essa série. Particularmente não gostei muito dessa série, já assisti a outros documentários que são mais diretos, e que explicam melhor as questões científicas. Mas isso não quer dizer que eu ache a série ruim. Quero lembrar, aos fãs incondicionais da série Cosmos, que existem muitos "graus" de avaliação que separam o "soberbo" e o "lixo" e definitivamente a série não é uma coisa nem outra.

Acredito que essa série tem muito mais de autopromoção, do que de divulgação científica. Até porquê uma coisa que me incomoda é a forma como a ciência como é tratada, como se fosse uma "nova religião", a reprodução daquela música chata da abertura durante a exibição de alguns episódios até ajuda a dar um clima de crença religiosa.

Nesse episódio Sagan fala basicamente da exploração do sistema solar com o uso de naves não tripuladas, como foi o caso das naves Voyager. Essas espaçonaves foram lançadas no final dos anos 1970 levando, além dos sensores e câmeras, alguns artefatos como dois discos revestidos com ouro com diversos sons do nosso planeta, onde tem símbolos que deveriam indicar para um extra terrestre a localização do planeta Terra. A ideia para a colocação desses objetos em cada nave Voyager foi de um grupo de cientistas capitaneados por... Carl Sagan. Como percebem, Sagan sabia fazer autopromoção.

Depois dessa curta apresentação, vem uma espécie de docudrama contando a história do cientista Christiaan Huygens que viveu nos Países Baixos do século XVII. Apesar de bem interessante, afinal ele faz um apanhado das descobertas científicas da época, e de alguns dos cientistas, mas deve-se ter em conta que o retrato que ele faz da liberdade, tanto científica como de expressão, daquela época é bem exagerado. O documentário termina falando novamente das Voyager e das informações captadas em Júpiter.

Se os vídeos que eu publiquei sofrerem algum bloqueio ou forem retirados do ar, irei procurar por substitutos assim que puder.

Em português:

Em inglês:

Em espanhol:

sexta-feira, 9 de março de 2018

Planeta Areia - Planeta Arena - Planete Sable - V

China Em Guerra Contra O Dragão Amarelo

O documentário a seguir é uma produção francesa que foi exibida na televisão pública espanhola, a TVE. O nome original da série de documentários é Planete Sable. Segundo pesquisei a série é de 2014, e foi uma produção da Mona Lisa Production em associação com diversas empresas de audiovisual. Mais informações sobre a série aquiEu já havia assistido algumas cópias dessa série assim que foram postadas no YouTube, mas descobri que a maioria das cópias já foi tirada do ar. Espero que isso não aconteça novamente. Caso seja tirado do ar, irei procurar outras cópias, caso existam.

Este quinto e último episódio trata da China, praticamente toda a região oeste e norte do país é coberto por desertos. Há séculos que tempestades de areia vindas dessas regiões chegam até grandes cidades do leste. Nos últimos anos, devido ao intenso uso da terra e da grande captação água para cidades e empreendimentos agrícolas, a desertificação tem aumentado. Para tentar deter, ou até mesmo reverter, o processo de desertificação, o governo chinês tem organizado a plantação de espécies vegetais em áreas próximas aos desertos do país.

O documentário é dublado em espanhol, mas para nós que falamos português não é difícil acompanhar.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Bancando A Ama Seca - Rock A Bye Baby

Bancando A Ama Seca - Rock A Bye Baby

O filme a seguir era um clássico da televisão aberta, exibido especialmente na Rede Globo. Acho que já vi esse filme pelo menos dez vezes. Vendo agora essa cópia completa, é possível perceber que, para fazer o filme caber na grade horária da televisão, muitas cenas eram cortadas. Infelizmente as novas gerações mal conhecem Jerry Lewis, seus filmes que antes eram exibidos até a exaustão na televisão agora raramente são colocados na grade. O tipo de filme que hoje em dia é exibido na televisão ou é infantil, ou paródias de outros filmes, ou filmes de ação do tipo "agente da lei/cidadão comum em um dia de fúria batendo de frente contra algum criminoso". Bons tempos aqueles em que existiam filmes que podíamos assistir na TV.

Clayton Poole (Jerry Lewis) é um rapaz que vive na pequena cidade de Midvale. O amor de sua infância, Carla Naples, é uma estrela do cinema que fica grávida de um toureiro após um casamento relâmpago no México. Tentando impedir um escândalo, pois seu casamento não havia sido divulgado e seu marido morreu no dia seguinte, Carla volta à sua cidade natal e pede a ajuda de Clayton para que ele cuide de seus trigêmeos.

Uma curiosidade: A praça central de Midvale lembra muito a praça central de Hill Valley (da franquia De Volta Para O Futuro).

Em português: A dublagem é da época, por isso as canções não foram dubladas.

Em inglês:

Em italiano:

domingo, 4 de março de 2018

Civilização - Civilisation - V

O Herói Como Artista - The Hero As Artist

A primeira vez que assisti a essa série de documentários, roteirizados e apresentados por Kenneth Clark, foi no final dos anos 80, não me lembro mais se foi em 1987 ou 1988 quando vi um dos capítulos ser exibido na TV Cultura, canal 2, de São Paulo. Lembro que fiquei fascinado. Falava de arte, de religião, costumes, política e principalmente história. Tudo junto em um dos melhores documentários já realizados.

No episódio anterior Kenneth Clark falou do surgimento do Renascimento, ou mais especificamente das bases econômicas, sociais e culturais que possibilitaram a ocorrência do Renascimento. Neste quinto episódio, ele fala de alguns dos maiores artistas da Renascença, Michelangelo, Rafael, Bramante e Da Vinci. Os três primeiros encontraram em Roma, principalmente sob o Papado de Júlio II, o apoio para que produzissem algumas das maiores obras de arte da civilização: A Basílica de São Pedro (projetada por Bramante), a decoração da Capela Sistina (feita por Michelangelo) e a decoração de diversos aposentos papais (feitos por Rafael).

Da Vinci é um caso a parte. Sua incansável curiosidade e energia faziam com que ele sempre estivesse em movimento, tanto física quanto intelectualmente, pesquisando tudo que caísse em suas mãos ou sob seu olhar.

Com legendas em português: Não encontrei a versão dublada e infelizmente essa cópia está com as imagens meio borradas.

Em inglês:

Cosmos - V

Blues Para Um Planeta Vermelho - Blues For A Red Planet

Lembro que na década de 1980, a série Cosmos passava quase todo domingo de manhã, na Rede Globo de televisão. Se não me engano além de reprisar a série várias vezes no domingo, houve um período em que a mesma era reprisada de manhã durante os dias de semana. A dublagem original tinha a voz de Reynaldo Gonzaga como narrador e de Sílvio Navas como dublador de Carl Sagan. Posteriormente a série foi exibida no canal TV Escola e tinha como dublador Sérgio Stern.

Se procurarem pela internet, verão uma infinidade de textos elogiando exageradamente, rasgando seda mesmo, para essa série. Particularmente não gostei muito dessa série, já assisti a outros documentários que são mais diretos, e que explicam melhor as questões científicas. Mas isso não quer dizer que eu ache a série ruim. Quero lembrar, aos fãs incondicionais da série Cosmos, que existem muitos "graus" de avaliação que separam o "soberbo" e o "lixo" e definitivamente a série não é uma coisa nem outra.

Acredito que essa série tem muito mais de autopromoção, do que de divulgação científica. Até porquê uma coisa que me incomoda é a forma como a ciência como é tratada, como se fosse uma "nova religião", a reprodução daquela música chata da abertura durante a exibição de alguns episódios até ajuda a dar um clima de crença religiosa.

Quem leu oque escrevi sobre os primeiros episódios, sabe que sou muito crítico em relação à forma como os temas são apresentados na série Cosmos. Nesse episódio Sagan fala do planeta Marte, das lendas criadas, a partir da imaginação humana, sobre se haveria vida em marte, e se existia de que tipo ele seria, e das expectativas criadas a partir das observações do planeta. O episódio é bom, Sagan conseguiu fazer um bom equilíbrio entre informação e teatralidade.

Apesar de alguns traduzirem o nome do episódio para "Os Segredos De Marte", eu preferi usar a tradução correta, ou ao pé da letra, do episódio e nomeei-o "Blues Para Um Planeta Vermelho". Se os vídeos que eu publiquei sofrerem algum bloqueio ou forem retirados do ar, irei procurar por substitutos assim que puder.

Em português:

Em inglês:

Em espanhol:

sexta-feira, 2 de março de 2018

Planeta Areia - Planeta Arena - Planete Sable - IV

Austrália: O Continente Desértico

O documentário a seguir é uma produção francesa que foi exibida na televisão pública espanhola, a TVE. O nome original da série de documentários é Planete Sable. Segundo pesquisei a série é de 2014, e foi uma produção da Mona Lisa Production em associação com diversas empresas de audiovisual. Mais informações sobre a série aquiEu já havia assistido algumas cópias dessa série assim que foram postadas no YouTube, mas descobri que a maioria das cópias já foi tirada do ar. Espero que isso não aconteça novamente. Caso seja tirado do ar, irei procurar outras cópias, caso existam.

Este quarto episódio trata da Austrália, que ocupa praticamente toda a Oceania, e por isso é tratado como se fosse um continente. Quase 70% do território australiano é formado por diversos desertos e áreas semidesértica contínuas. Além das próprias condições climáticas naturais, que variam ao redor do tempo, métodos agrícolas não recomendáveis para o tipo de solo e climas australianos, somado a criação de animais introduzidos, que devastam a flora nativa, tem intensificado a desertificação de diversas áreas.

O documentário é dublado em espanhol, mas para nós que falamos português não é difícil acompanhar.