terça-feira, 30 de junho de 2015

Motor Mania

Motor Mania


Todo o dia surgem vídeos na internet com pessoas transtornadas, enlouquecidas, violentas até, a bordo de seus veículos, causando acidentes (alguns bem graves). Existe até um termo em inglês para esse tipo de pessoa, são os "road rage". Esse comportamento costuma ser atribuído ao estresse da do trânsito, ou aos problemas da vida moderna. Apesar de ser fácil atribuir a agressividade de algumas pessoas ao trânsito, e não a elas mesmas, essa explicação revela-se falsa.

Sessenta e cinco anos atrás, exatamente no dia 30 de junho de 1950, foi lançado pelos estúdios Disney o desenho Motor Mania (não sei dizer se o desenho recebeu um nome em português). Na animação, o pacato  e atencioso Mr. Walker (pedestre), vivido pelo personagem Pateta, se transforma no odioso e agressivo Mr. Wheeler (motorista) assim que segura o volante de seu automóvel.


O vídeo acima foi bloqueado no Brasil com base nos direitos autorais. Não o retirei pois, pelo que me lembro as imagens eram boas. Abaixo está uma outra cópia dublada em português, mas com as imagens meio borradas.


Com narração muito irônica, o desenho, de pouco mais de seis minutos mostra diversas infrações e maus hábitos ao volante, como disputar racha, dar "finas" em pedestres, negar passagem a outros motoristas, entre outros. O interessante é que tudo isso se passa em 1950, época em que existiam poucos carros no mundo, mesmo nos Estados Unidos.

É difícil traçar um paralelo entre o comportamento dos motoristas ao longo das décadas, mas ainda que as pessoas de 60 anos atrás fossem mais irresponsáveis ao volante que as de hoje, é fato que pouca coisa mudou com o passar dos anos. Muitas pessoas ainda sentem aquela sensação de onipotência ao volante, principalmente se estiverem de posse de um carro grande, potente e caro.

Curiosidade
No desenho, Pateta dirige um Lincoln Zephyr, como o da foto abaixo. Esse modelo foi produzido de 1935 até 1940 na fábrica localizada em Detroit. Seu motor de 4,3 cm³ e 110 hp de potência tinha ronco bem grave. O conversível chegava a 140 km/h e no primeiro ano de vendas, somou 15 mil emplacamentos, o que representava 80% do volume total da Lincoln.

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