domingo, 4 de fevereiro de 2018

Cosmos - I

As Margens do Oceano Cósmico - The Shores Of The Cosmic Ocean

Lembro que quando eu era criança, passava quase todo domingo de manhã a série Cosmos, na Rede Globo de televisão. Se não me engano além de reprisar a série várias vezes no domingo, houve um período em que a mesma era reprisada de manhã durante os dias de semana. A dublagem original tinha a voz de Reynaldo Gonzaga como narrador e de Sílvio Navas como dublador de Carl Sagan. Posteriormente a série foi exibida no canal TV Escola e tinha como dublador Sérgio Stern.

Se procurarem pela internet, verão uma infinidade de textos elogiando exageradamente, rasgando seda mesmo, para essa série. Particularmente não gostei muito dessa série, já assisti a outros documentários que são mais diretos, e que explicam melhor as questões científicas. Mas isso não quer dizer que eu ache a série ruim. Quero lembrar, aos fãs incondicionais da série Cosmos, que existem muitos "graus" de avaliação que separam o "soberbo" e o "lixo" e definitivamente a série não é uma coisa nem outra.

Acredito que essa série tem muito mais de autopromoção, do que de divulgação científica. Até porquê uma coisa que me incomoda, além daquela música chata de Vangelis, é a insistência em tratar a ciência como se fosse uma espécie de crença religiosa, uma "nova religião". Para piorar em dois dos vídeos abaixo aparece um prólogo de Ann Druyan falando com um tom sentimental, endeusando tanto a série Cosmos como a própria figura de Carl Sagan. Tudo bem, entendo que ela é viúva do mesmo, mas ainda assim o tom, tanto do prólogo quanto do documentário em si, é forçado.

A primeira metade deste episódio (quase meia hora) é gasto com uma conversa longa e arrastada, apenas para falar de distâncias e escalas de tempo e espaço, algo que poderia ter sido explicado em poucos minutos, sem precisar fazer uso de um cenário imitando uma futurística nave espacial. Depois, o documentário fica interessante, quando ele fala da Biblioteca de Alexandria, de cientistas e filósofos da antiguidade, mas infelizmente os últimos dez minutos são perdidos em outra tentativa aborrecida de dar uma escala de tempo.

Antes de passar para o vídeo, quero explicar algumas coisas:

Apesar de muitos traduzirem o título desse episódio como sendo "Os Limites Do Oceano Cósmico", é importante lembrar que "shore", quer dizer margem, praia, litoral, costa, enfim, está relacionado com a ideia de água, de mar, de oceano. Portanto a tradução correta é "margem" e não "limite", até porquê, o oceano, seja ele cósmico ou não, tem margens e não limites.

Não encontrei muitos vídeos do primeiro episódio no YouTube, na verdade, a maioria dos que encontrei estavam bloqueados para o meu país, ou estavam com o áudio bloqueado. Com isso quero dizer que não estranhem se os vídeos sofrerem algum bloqueio ou sejam retirados do ar.

Em português:

Em inglês: (com legendas em português)

Em espanhol: (sem o prólogo aborrecido)


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