quinta-feira, 31 de julho de 2014

Prêmio Pulitzer De Fotografia: Ano 1944

Vou continuar a série com as fotografias vencedoras do Prêmio Pulitzer. Irei postar cada uma das fotos vencedoras aos poucos, sem uma periodicidade definida, mas pela ordem. Sempre que possível irei também contar as histórias por trás de cada fotografia (contexto em que foi tirada, autor da foto, como foi tirada, a repercussão, etc), como nem sempre poderei ter todas as informações a minha disposição na hora em que postar, pode ser que eu reveja os textos, acrescentando ou corrigindo informações.

Obs: Fiz alterações no texto original no dia 10 de maio de 2015.

Prêmio Pulitzer de 1944: Categoria Fotografia

A categoria de fotografia teve dois ganhadores no ano de 1944, que vou exibir abaixo.

Primeiro vencedor: Earle L. Bunker do periódico Omaha World Herald

Título: “Home Coming” (“Regresso a casa”)

Câmera: 4X5 Speed Graphic

Lente: 127mm

Velocidade E Abertura Do Obturador: Desconhecido

Filme: Kodak


Em 15 de julho de 1943, o Tenente-Coronel Robert Moore voltou a encontrar a família após 16 meses longe de casa. Ele havia sido agraciado com o Distinguished Service Cross por liderar seu batalhão contra os tanques do Marechal de Campo Erwin Rommel na África do Norte. A casa de Moore ficava em Villisca (estado de Iowa), uma pequena cidade no meio da América, com menos de 1.100 moradores. 

Earle "Buddy" Bunker era fotógrafo do Omaha World Herald e havia sido designado para cobrir o regresso ao lar do coronel Moore. Ele esperou durante 24 horas na estação de trens e tirou a fotografia do Coronel Moore instantes após ele descer do trem e, ao avistar a família, largar as malas para abraçar sua filha de 7 anos Nancy. A esposa do Coronel Moore está ao lado, chorando com os rosto entre as mãos.

De acordo com um comentário sobre a foto: 

"A imagem é tão genérica como para representar toda uma nação. Não há nenhuma cara para identificar os indivíduos. No pavilhão a puxar seu patriotismo. Sem marca de identificação que não seja o amor familiar. Pode ser - e foi -. O retorno de muitos heróis de guerra em todo o país e em todo o mundo ."

A fotografia foi escolhida pela Kodak em 1956 como a melhor foto de interesse humano dos últimos 25 anos.

Bunker permaneceu como fotógrafo do Omaha World Herald, até sua morte em 1975, aos 63 anos.

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Segundo vencedor: Frank Filan da Associated Press

Título: “Tarawa Island” (“A ilha de Tarawa”)


Câmera: 4X5 Speed Graphic

Lente: Desconhecido

Velocidade E Abertura Do Obturador: Desconhecido

Filme: Kodak



Tarawa é um atol no meio do Oceano Pacífico, que foi ocupado pelos japoneses durante a Primeira Guerra Mundial. Em 20 de novembro de 1943, o atol foi invadidos pelos fuzileiros navais americanos resultando em uma sangrenta batalha. Após 76 horas de intensos combates, os fuzileiros navais garantiram a posse da ilha. Cerca de 1.700 americanos morreram e quase todos os 4.700 soldados japoneses pereceram durante a batalha.

Frank Filan (1904-1952) tinha entrado para o serviço militar em 1929 e por três anos cobriu a guerra no Pacífico como um fotógrafo da Associated Press. A fotografia por ele tirada mostra os danos causados na ilha após uma das batalhas mais ferozes do Pacífico. O júri que concedeu o Pulitzer para Frank Filan deixou o seguinte comentário:

"A imagem do Sr. Filan, tomada em condições extremamente difíceis, retrata a terrível carnificina de Tarawa em detalhe macabro. Não é uma imagem para estômagos fracos, mas em seu realismo gritante, que conta uma história real de guerra em sua face mais feia. Sr. Filan estava com uma das primeiras ondas de desembarque em Tarawa. Ele perdeu suas câmeras e ele quase perdeu a vida na empreitada. Sobrecarregado com o seu equipamento na arrebentação das ondas, Filan voltou para ajudar um fuzileiro naval que havia sido baleado. Sob fogo pesado, ele conseguiu ajudar o homem ferido em terra e provavelmente salvou sua vida. No processo, ele estava submerso várias vezes quando ele pisou em crateras de bombas sob as ondas, e seu equipamento foi arruinada. Somente após o terceiro dia em Tarawa é que Filan conseguiu uma câmera emprestada de um fotógrafo da Guarda Costeira e conseguiu tirar suas fotos. "

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