segunda-feira, 7 de maio de 2018

O Dirigível Hindenburg - The Hindenburg

O Dirigível Hindenburg - The Hindenburg

O Dirígivel Hindenburg é um clássico do gênero cinematográfico conhecido pelo nome de cinema catástrofe, e que teve seu auge durante a década de 1970. O cinema catástrofe é caracterizado por histórias nas quais pessoas comuns se veem envolvidas situações tensas e perigosas, motivadas por catástrofes naturais (como terremotos, maremotos, inundações, avalanches de neve ou pedras, queda de corpos celestes, erupções vulcânicas, etc); ataques de animais (que por algum motivo resolvem atacar sistematicamente seres humanos); e acidentes em larga escala (como incêndios em florestas e prédios, naufrágios, acidentes aéreos, ferroviários, rodoviários e afins), só para citar os exemplos mais comuns.

Filmes com essa temática são quase tão antigos quanto o próprio cinema, mas foi em 1970, após o lançamento do filme Aeroporto, que esse gênero cinematográfico ganhou força A partir daí veio uma avalanche de produções cinematográficas que fizeram grande sucesso, como O Destino do Poseidon, Inferno na Torre, entre outros. Nos anos 1980 e início dos anos 1990 os espectadores tiveram uma pausa, aliás muito bem vinda, mas infelizmente o gênero voltou em meados dos anos 1990 com produções como Velocidade Máxima e Twister.

O Dirigível Hindenburg é uma excelente produção cinematográfica que, entre outros prêmios, venceu os Oscars de Melhores Efeitos Especiais e Melhores Efeitos Sonoros. O filme conta com ótimos atores como George C. Scott, Anne Bancroft, William Atherton, e muitos mais, que interpretaram seus papéis de forma consistente e convincente. Mesmo assim, o filme foi muito criticado na época (e ainda nos dias atuais) por seu enredo. A principal crítica é a presença de nazistas no filme. Para explicar isso, terei que contar parte da história do filme, se não quiserem ler, pulem o parágrafo seguinte.

O filme começa com uma vidente norte americana escrevendo uma carta, dirigida às autoridades alemãs, dizendo que o Hindenburg será destruído em sua viagem aos Estados Unidos. Na dúvida, o governo alemão envia o Coronel Franz Ritter (George C. Scott) para investigar se há risco de sabotagem e impedir um atentado. Ele seria o primeiro candidato ao papel de mocinho do filme, afinal ele quer impedir uma catástrofe, mas acontece que ele é filiado ao Partido Nazista. Pois é! É estranho dizer que um nazista é o herói do filme. O segundo candidato é o membro da tripulação Karl Boerth (William Atherton). É ele o sabotador que quer destruir o Hindenburg em Nova York, como sinal de protesto contra o regime nazista. Ainda que as intenções de Boerth pareçam nobres, afinal ele só vai destruir o dirigível quando o mesmo estiver no solo e vazio, o personagem tem alguns "problemas". Ele quer realizar um atentado terrorista, logo é um terrorista. Ele era da Juventude Hitlerista, portanto era nazista. E, apesar de ter mudado de ideologia política, ele aderiu ao comunismo, ou seja, não mudou tanto assim. Portanto não dá para apontar alguém como mocinho ou herói do filme.

Apesar de todos sabermos que o Hindenburg vai se acidentar, e não haver suspense a esse respeito, o filme consegue segurar o espectador por outros motivos. Os personagens são bem construídos, os diálogos não tem excessos e os atores são ótimos. Quem assiste o filme fica interessado em saber dos dramas dos personagens. Depois, fica o interesse em saber como se dará o acidente do dirigível. Por fim, quando ocorre a explosão, o espectador fica ainda mais interessado em descobrir se os personagens vão sobreviver e também em assistir as cenas reais do acidente do Hindenburg.

Por fim, quero avisar a todos que O Dirígivel Hindenburg é um filme de ficção e não um documentário. Ninguém sabe a real causa da catástrofe do Hindenburg, apesar de existirem muitos especialistas afirmando que sabem o que causou o acidente. E, além disso, existem alguns erros factuais no filme.

Dublado em português:

Em Inglês:

Em alemão:

Nenhum comentário:

Postar um comentário