segunda-feira, 23 de abril de 2018

A Um Passo Da Morte - The Indian Fighter

A Um Passo Da Morte - The Indian Fighter

Estrelado por Kirk Douglas, A Um Passo Da Morte (The Indian Fighter) é um western de 1955 com mais defeitos do que qualidades. Eu nunca havia visto esse filme antes, e a princípio achei que poderia ser uma boa produção cinematográfica. Mas, com poucos minutos de exibição, percebi que a canastrice de Kirk Douglas no filme era maior do que a cara de canastrão que ele faz no cartaz que aparece na wikipédia. Mesmo não sendo um filme de primeira linha, com boas atuações e bom enredo, decidi postar o filme. Serve como um exemplo prático do que não se deve fazer em uma produção cinematográfica.

Em A Um Passo Da Morte, Kirk Douglas interpreta Johnny Hawks, um sujeito que no passado combateu indígenas, por isso que seu codinome (e título original do filme) é o lutador/caçador de índios (indian fighter). Terminada a Guerra Civil Americana, ele voltou para a região do Oregon onde antes vivia, e lutava contra os indígenas da tribo Sioux. E ele já chega "folgando" com todo mundo! Além da postura corporal desafiante, com mãos no cinturão e pose de malandro, ele dá ordens e é irônico com os mesmos índios que antes ele matava, e que queriam vê-lo morto. O curioso é que os índios, além de lhe darem ouvidos, não tomam nenhuma iniciativa para dar um "chega pra lá" nele pela sua impertinência. Como se isso fosse pouco, assim que vê a índia Onahti (Elsa Martinelli), que é a filha do chefe indígena, ele nem disfarça o interesse na moça. Na primeira oportunidade ele vai atrás dela e "cata a mina" à força. E o pior é que o tio dela vê, é o que parece, e nada acontece! Como se isso não bastasse, ele impede os índios de queimarem um homem branco, que matou um índio, chutando a lenha na frente de todos com as mãos no cinturão e falando que ele vai levá-lo. UM VERDADEIRO MACHO ALFA!

E não foi apenas para cima dos indígenas que o personagem Johnny Hawks "botou banca". Não! Até mesmo com o comandante do forte ele foi folgado. E, como dizem os mais jovens, "as mina pira" com isso! Além da índia Onahti, que não resistiu às suas investidas e foi pra cama com ele (apesar ou por causa do beijo forçado), a viúva Susan Rogers (Diana Douglas) passa parte do filme dando umas indiretas bem diretas para ele, com direito a um beijo roubado (nesse caso foi ela quem roubou) e uma "intimada" para ele chegar junto e "comparecer". Por falar nela, a atriz Diana Douglas foi esposa de Kirk Douglas, eles já eram divorciados na época em que o filme foi rodado. Mas o filme também tem momentos de humor, ainda que involuntários. As cenas mais engraçadas acontecem quando algum personagem tem um faniquito, ou entra em pânico, e logo aparece alguém para dar um tabefe na cara dele. Sério! Há pelo menos cinco cenas dessa no filme. Isso sem falar em atores brancos, com rostos claramente de caucasianos, usando maquiagem vermelha para interpretar indígenas, uma coisa bem típica dos filmes dos anos 1940, 1950 e 1960. 

Uma dica: Se vocês exibirem a cópia em inglês e tirarem o som, e sincronizarem a exibição dela com a cópia dublada em português, que está com as imagens ruins, dá para ver o filme com imagens em alta resolução e dublado. 

Dublado em português: (as imagens estão meio borradas)

Em inglês:

Em espanhol:

Em francês:

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