domingo, 15 de abril de 2018

Cosmos - XI

A Persistência Da Memória - The Persistence Of Memory

Lembro que na década de 1980, a série Cosmos passava quase todo domingo de manhã, na Rede Globo de televisão. Se não me engano além de reprisar a série várias vezes no domingo, houve um período em que a mesma era reprisada de manhã durante os dias de semana. A dublagem original tinha a voz de Reynaldo Gonzaga como narrador e de Sílvio Navas como dublador de Carl Sagan. Posteriormente a série foi exibida no canal TV Escola e tinha como dublador Sérgio Stern.

Se procurarem pela internet, verão uma infinidade de textos elogiando exageradamente, rasgando seda mesmo, para essa série. Particularmente não gostei muito dessa série, já assisti a outros documentários que são mais diretos, e que explicam melhor as questões científicas. Mas isso não quer dizer que eu ache a série ruim. Quero lembrar, aos fãs incondicionais da série Cosmos, que existem muitos "graus" de avaliação que separam o "soberbo" e o "lixo" e definitivamente a série não é uma coisa nem outra.

Acredito que essa série tem muito mais de autopromoção, do que de divulgação científica. Até porquê uma coisa que me incomoda é a forma como a ciência como é tratada, como se fosse uma "nova religião", a reprodução daquela música chata da abertura durante a exibição de alguns episódios até ajuda a dar um clima de crença religiosa.

Nesse episódio Carl Sagan prova que pouco sabe sobre biologia. O que é fantástico, pois ele era casado com um bióloga. Será que ela não ensinou para ele biologia? Ou será que ela ensinou, mas o desejo dele de ser prolixo e enfadonho, querendo fingir conhecimento, é maior? Não sei dizer! Apenas sei que, ao invés de ir direto ao assunto, falando ou de informática, mais especificamente de memória computacional, ou ir direto ao assunto falando da forma como a memória surgiu, e é usada em diferentes espécies animais, como cetáceos, ele resolveu misturar assuntos sem se fixar, nem explicar. Para que saibam, nos anos 1970, os cetáceos estavam "na moda". E um dos modismos, além de assistir o seriado Flipper, era tentar decifrar a linguagem de golfinhos e baleias. Passados mais de 40 anos, não decifraram a linguagem desses animais. Na prática, ele apenas aproveitou um tema que estava na moda na época para tornar o tema mais popular, e claro, defender o fim da caça à baleia. Sou contra a caça a baleia. Que fique bem claro! Apenas estou expondo a autopromoção de Sagan, e do seu seriado. Sobre o DNA, ele não guarda informações sobre o conhecimento contido no cérebro de um animal. Ele guarda apenas a informação de como construir o corpo daquele ser vivo, inclusive o cérebro. E é a interação entre os neurônios, que criam aquilo que chamamos de instinto, que é distinto de conhecimento, este último é adquirido ao longo da vida e não é transmitido através do DNA. Na sequência, ele compara o cérebro e o DNA a uma biblioteca, depois a uma cidade, e um computador. O final é bem ao estilo Carl Sagan. Ele fala dos discos de ouro com sons (aleatórios) da Terra e da humanidade, uma iniciativa do próprio Carl Sagan, ou seja, mais autopromoção e termina falando da possibilidade de que talvez existam alienígenas.

Se algum dos vídeos publicados sofrerem algum bloqueio ou forem retirados do ar, irei procurar por substitutos assim que puder.

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