Algum tempo atrás, fui mexer em algumas caixas, onde guardei coisas antigas, e encontrei vários recortes de jornal com a seção de quadrinhos, publicados pelo jornal Folha de São Paulo. Não lembro mais porque guardei esses recortes, mas decidi reproduzí-los aqui no blog. Espero que a Folha de São Paulo, ou os detentores dos direitos dos quadrinhos, não venha a fazer uma queixa por violação de direitos autorais.
Uma informação sobre a charge. Em 1993 a Rede Globo resolveu trazer para a sua programação uma versão da história em quadrinhos "Radical Chic", de autoria de Miguel Paiva. O resultado foi contrangedor, para dizer o mínimo e ser bem educado. O programa era apresentado pela Maria Paula, uma ex-VJ da MTV Brasil (que conseguiu fama naquele canal porque, por falta de uma melancia para pendurar no pescoço, apresentava os programas com a cabeça raspada). Quando veio para a Rede Globo, a primeira coisa que fez ser a mestre de cerimônias das transmições televisivas do "Hollywood Rock". Nesse momento ela já disse a que veio, gritando feito uma idiota durante as apresentações e impedindo quem estava em casa de ouvir as músicas. Então, ela ganhou uma nova chance para apresentar o "Radical Chic". O programa deveria ser "legal", "transado" e "divertido", mas no final das contas se transformou em um "game-show" com perguntas cretinas, muitas vezes com teor sexual, para adolescentes. A audiência, é óbvio, foi baixa, ainda que isso não ameaçasse a "hegemonia" da Rede Globo no IBOPE. No mesmo período, a CNT-Gazeta (na época estavam associadas) apresentava uma retrospectiva dos filmes do Mazzaropi, com bons índices de audiência. Isso rendeu essa charge (abaixo), aonde o cartunista brinca com a falta de interesse do público e com as informações, vazavas para a imprensa, de que a Globo não sabia o que fazer com o "mico".
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